O Monte Everest, com 8848 metros de altitude, é o ponto mais alto da Terra. Fica na cordilheira do Himalaia, na parte pertencente ao Nepal. É o mais alto dos dez picos do Himalaia que superam os 8000 metros. Era inacessível até meados da década de 20 do século passado. Entre 1922 e 1952, houve sete tentativas de escalar o Everest, todas com insucesso, inclusive com perda de vidas. A mais famosa das tentativas desse período foi feita pelo alpinista britânico George Leigh-Mallory, acompanhado de Andrew Irvine, pela face norte.
George Leigh-Mallory
Por duas vezes Leigh-Mallory chegou a 500 m do pico. Desapareceu na face norte em 8 de junho de 1924, na terceira tentativa (seu corpo só seria encontrado em 1999). Até hoje deixa controvérsias, pois não se sabe se morreu subindo ou já na descida do pico - A foto de sua esposa, que Leigh-Mallory prometera deixar no topo do Everest, não estava com o corpo - e a câmera fotográfica levada pela dupla nunca foi encontrada, assim como o corpo de Irvine.
A Obssessão de Leigh-Mallory pelo Everest foi resumida em uma frase que o imortalizou, ao ser questionado o porquê de tanta vontade de escalar a montanha:
- Porque está lá
2 comentários:
Ótimo post, Calango.
Eu me pergunto, e o proftel poderia responder, acredito - por que o Nepal é assim tão cheio de montanhas gigantes?
Acho realmente notável que alguém se submeta aos riscos que envolve uma subida dessas, ou ainda pior como a do K2, para estar no "topo do mundo".
Será quantos corpos não descansam nas montanhas do Nepal? Será o que se sente quando se sabe que a montanha vai vencer? Paz? Desespero? Derrota?
Um abraço. Voltarei mais aqui.
André,
Pelo depoimento dos alpinistas que encontraram o corpo de Leigh-Mallory, a impressão que o cadáver passava era de estar em paz, como que satisfeito com o destino.
Recomendo como uma ótima leitura sobre o assunto o livro "Fantasmas do Everest" (Cia. da Letras, 2000) que fala sobre a saga de George Leigh-Mallory e da expedição que o encontrou em 1999.
Também recomendo o livro "A última expedição" (também da Cia. das Letras) que é o diário do Capt. Robert Falcon Scott, que faleceu na corrida de retorno do Pólo Sul junto com toda a equipe. Os últimos capítulos do livro são de uma emoção única, tanto pela dramaticidade de relatar a morte se aproximando mais e mais a cada dia assim como a paz e a tranquilidade que se sente com a sua aproximação. E ainda tem as cartas de despedida. Imperdível!
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