sábado, 27 de agosto de 2011

Fora dos trilhos


E a nossa prefeitura mais uma vez matando a gente. De acidente e de vergonha

terça-feira, 26 de abril de 2011

Receita de Páscoa para pôr a perder 3 quilos perdidos em 10 dias

Prato principal:

- Arroz
- Farofa
- Chester
- Picanha

Bebida:

- Guaraná

Sobremesa:

- Pudim de leite condensado
- Canjica

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Nota após a Columbine* de Realengo

Por que sempre imitamos o que os Estados Unidos possuem de pior?

*Columbine College, localizado na cidade de Littleton, Colorado, Estados Unidos, onde em 20 de abril de 1999 dois estudantes mataram a tiros 13 alunos e funcionários, ferindo outros 21.

domingo, 27 de março de 2011

Europa, muçulmanos e Monteiro Lobato

Extraído do blog do Janer Cristaldo. Comento depois:

"A ALEMANHA E O TITANIC

El País comentou há pouco, em tom despectivo, o livro Deutschland schafft sich ab (A Alemanha se destrói), de Thilo Sarrazin, ex-diretor do Bundesbank e membro do Partido Socialdemocrata Alemão (SPD). Seis meses após seu lançamento, o livro se converteu em um caso editorial sem precedentes e vendeu 1,2 milhão de exemplares na Alemanha, em apenas seis meses.

E não por acaso: o autor acusa os imigrantes turcos e alemães de constituírem “o coração do problema”, devido à sua escassa integração e sua dependência massiva das ajudas sociais. Em 2009, às vésperas do 20º aniversário da queda do Muro, dizia Sarrazin:

“A integração requer um esforço por parte de quem quer se integrar. Eu não respeito quem não quer fazer este esforço. Não tenho porque reconhecer aqueles que vivem das ajudas públicas, mas negam a autoridade do Estado que as outorga, não educam seus filhos e produzem constantemente mais meninas com véus. Isto vale para 70% da população turca e 90% da população árabe em Berlim”.

Sarrazin, por afirmar o óbvio, foi acusado de racismo. Foi absolvido da acusação, mas perdeu seu emprego no Bundesbank e está por ser expulso do SPD. Embora interprete o pensamento da maioria dos alemães – prova disto é a espantosa vendagem de seu livro – provocou a ira das esquerdas que herdaram o ódio de Marx à Europa e tentam destruí-la. Se o marxismo falhou nesse intento, quem sabe o Islã tem sucesso.

Para Sarrazin, a “Alemanha tem, desde os últimos 40 anos, uma taxa de nascimento de 1,4 criança por mulher; isto significa que a população alemã se torna cada vez menos a cada geração. A Espanha, apesar de anos de retardamento, tem o mesmo problema com os nascimentos. Ao mesmo tempo, a natalidasde se distribui na Alemanha de maneira irregular nos distintos níveis de educação. Isto significa que os estratos sociais menos instruídos obtém uma maior média de nascimentos, e por esta razão o potencial da Alemanha se anula ainda mais rapidamente que a população. Em terceiro luga, o tipo de imigração que temos não é o adequado para resolver os problemas que nos afetam. Agora necessitamos apenas de trabalhadores qualificados. Se a taxa de nascimento dos imigrantes incultos, procedentes da Turquia e África, segue constantemente em alta, em poucas gerações a Alemanha terá uma maioria de população turca, árabe, africana e muçulmana”.

O que é óbvio. O que o autor está dizendo, no fundo, é que os imigrantes das zonas pobres do mundo ameaçam baixar o nível médio de inteligência de um país tão culto e desenvolvido como a Alemanha, como constata o próprio jornalista de El País. Mas o óbvio não convence o repórter:

- Quando olhamos para a Alemanha, não se vê por nenhum lado que a situação seja tão dramática...

Responde Sarrazin:

- A gente que bebia no bar do Titanic tampouco se dava contas de nada: a orquestra tocava, todo mundo estava bem, e nas primeiras horas ninguém notou o problema. Apesar disto, estavam condenados à morte, porque a água continuava entrando na nave.

Esta preocupação está longe de ser nova. Há mais de três anos, comentei Os últimos dias da Europa, no qual o historiador alemão Walter Laqueur analisa os problemas da imigração africana e muçulmana na França, Alemanha, Reino Unido e Espanha. Para dar uma idéia do livro, vou ater-me ao Estado alemão que, a crer-se no relato do autor, rendeu-se definitivamente à barbárie islâmica.

Os alemães começaram a receber turcos na segunda metade dos anos 50, em virtude de falta de mão-de-obra. Eram os gastarbeiter – trabalhadores convidados – que acabaram sendo hóspedes definitivos. Nos anos 70, a migração prosseguiu. Muitos pediram asilo político, quando em verdade fugiam das condições econômicas de seu país.

Os assistentes sociais “mostraram aos turcos como manipular a rede de seguro social, ou seja, como tirar o máximo de ajuda financeira e de outros tipos do Estado e das autoridades locais, dando um mínimo de contribuição ao bem comum”. O mesmo, diga-se de passagem, ocorreu na Dinamarca. Assistentes sociais adoram subdesenvolvidos. Ao contrário dos que imigraram para a França ou Grã-Bretanha, que de alguma forma arranhavam o francês ou o inglês, os turcos não falavam alemão e se isolaram em seus guetos. Seus filhos podiam até ir para as escolas alemãs, mas as filhas não podiam participar de atividades esportivas, excursões com as turmas ou aulas de biologia em que se falasse de sexo. “Insistiam no ensino islâmico na escola e ia aos tribunais para garantir seus direitos. Por fim, conseguiram.

As autoridades alemães contrataram professores de religião, em sua maioria estrangeiros fundamentalistas e que que ou não falavam alemão ou tinham um domínio mínimo do idioma”. Como as autoridades alemães achavam que o ensino religioso devia ser ministrado em alemão, a isto se opuseram as organizações religiosas turcas e o próprio governo da Turquia. “Os tribunais alemães, na dúvida, decidiam em favor dos muçulmanos. Rejeitavam as denúncias de não-muçulmanos com relação ao barulho provocado pelos alto-falantes das mesquitas, que amplificavam as convocações e preces dos muezins”.

As conquistas turcas avançaram. Metin Kaplan, um criminoso turco condenado a quatro anos por incitamento ao assassinato, recebeu da cidade de Colônia mais de duzentos mil euros a título de assistência social. A Milli Goerus, organização turca incrustada na Alemanha, tem como projeto um país que viva segundo as estritas leis do Islã, mesmo que para isso seja preciso fazer certas concessões até que os muçulmanos constituam maioria. O grupo tem em torno de 220 mil militantes e dirige cerca de 270 mesquitas na Alemanha. “Ela visa substituir a ordem secular no país em que vivem por uma outra baseada na sharia – a lei islâmica – , primeiramente naquelas regiões em que os muçulmanos são maioria, ou uma minoria representativa, e posteriormente à medida que seu espaço se expanda”.

Laqueur nos traz relatos insólitos dos bairros de Kreutzberg, Wedding, Neukoelln e outros habitados por turcos. Neles existem bancos, agências de viagem, lojas e consultórios médicos turcos. “Rapazes param as pessoas nas ruas e lhes dizem que, se não são muçulmanas, devem deixar as redondezas. As crianças alemãs têm sido expulsas de playgrounds. Na escola, os não-muçulmanos são pressionados a jejuar durante o ramadan, as garotas não-muçulmanas são coagidas a usar roupas parecidas com as das garotas muçulmanas ou, pelo menos, saias, calças ou camisetas que não sejam consideradas indecentes. Pais de estudantes tiveram conhecimento de que, sejam quais forem as orientações que a escola lhes dê, a mesquita e suas aulas têm sempre a prioridade”.

Ou seja, tá tudo dominado – comentei na ocasião. Os alemães já não mandam mais no próprio país. Seus próprios filhos têm de submeter-se a evitar determinados bairros e aos costumes islâmicos. E a Alemanha continua convidando muçulmanos para seu leito. A Lei de Cidadania de 2000 tornou mais fácil para os turcos obter a cidadania alemã. “Cerca de 160 mil têm se beneficiado anualmente desse direito”. Não bastasse isto, o governo alemão gasta atualmente cem milhões de euros por ano para promover a integração… com o inimigo.

A situação na França, Reino Unido e Espanha não é menos alentadora. Laqueur já aventa a possibilidade de regiões binacionais autônomas na França. Os muçulmanos poderiam fazer concessões com relação à sharia, e as autoridades francesas poderiam desistir do velho modelo republicano, com uma clara divisão entre Igreja e Estado. Em meio a isso, os judeus que se cuidem. Talvez muito em breve sejam forçados a um novo êxodo do velho continente.

Se a Europa, como a conhecemos, afundar, não terá sido por falta de alertas. Enquanto isso, leitor, siga o conselho que não canso de repetir: visite a Europa antes que acabe. Nossos netos não terão essa ventura."

Comentário:

O texto de Janer me lembrou mais uma vez do livro de Monteiro Lobato. "O Presidente Negro", que tive o prazer de ler por indicação desse legítimo ateu franc-tireur.

O texto fala a respeito da imigração muçulmana na Alemanha e no fato da taxa de natalidade entre os alemães ser inferior à dos muçulmanos que habitam as terras teutônicas, que pode gerar uma maioria muçulmana em poucas gerações. Diga-se de passagem, o mesmo fenômeno acontece na Inglaterra, França e Espanha.

Monteiro Lobato também previu isso em seu livro "O Presidente Negro". Só errou a etnia. No livro do taubateano, a Europa era dominada pelos amarelos. Nos nossos dias, a ameaça são os muçulmanos.

Com a palavra, Miss Jane:

- (...) No ano 3.527, por exemplo, vi na população da França evidentes sinais de mongolismo. Os trajes não lembravam nada do que usam hoje as criaturas em parte nenhuma da Terra, nem sequer pude perceber de que seriam feitos (...). Ficamos, eu e meu pai, perplexos ante aquele mongolismo da França. Só depois, fazendo cortes menos recuados e combinando uns com os outros, conseguimos decifrar o mistério. Tinham-se derramado pela Europa os mongóis e se substituído à raça branca.

Tudo isso espanta o Sr. Ayrton, que exclama:

- Que horror! Vai então acontecer essa catástrofe?

A jovem sábia responde com serena impassibilidade:

- Por que catástrofe? Tudo que é tem razão de ser, tinha forçosamente de ser; e tudo que será terá razão de ser e terá forçosamente de ser. O amarelo vencerá o branco europeu por dois motivos muito simples: come menos e prolifera mais. (...)

Diante dessas palavras, não há como ficar mais uma vez espantado com a capacidade visionária do escritor taubateano.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Lá foi o negão...

Como fui estudante de Relações Internacionais (até o 3º período), aturem-me dando uma de comentarista político.

E o comentário de hoje será sobre a visita do negão mais popular do mundo atualmente. Não, não é o Pelé. É o Obama.

Todos ficaram encantado com sua simpatia e oratória (inclusive eu), mas que fique algo bem claro: é um homem de negócios do Estado.

Afagou o ego dos brasileiros com palavras bonitas, charme e carisma. Mas veio aqui por dois motivos principais: petróleo e empregos (para cidadãos estadunidenses). Isso ele deixou bem claro em seu discurso em Brasília.

Os Estados Unidos estão ainda sob efeitos da bolha imobiliária que estourou em 2008, e o crescimento do PIB em 2010 foi de meros 2,8%, isso com um déficit público de US$ 1,4 trilhão em 2010. A única forma de arrecadar e diminuir o déficit é exportando.

Obama está tentando criar uma saída para aumentar as exportações norte-americanas, e, como historicamente sempre foi, é a América Latina. Só que ele está com um problemão, pois tem a China no páreo, cujos produtos são muito mais competitivos, pela fartura de mão-de-obra. E além disso, Dilmão deixou bem claro que quer a derrubada de barreiras alfandegárias ao etanol da cana, que é muito mais competitivo que o etanol de milho, que é subsidiado. Só que isso não é fácil de conseguir, pois é necessária autorização do congresso norte-americano, que possui uma bancada fortíssima composta por integrantes que defendem os agricultores.

(aliás, dizer que não é fácil é eufemismo. É impossível)

Obama também está de olho no pré-sal. Não, a US Navy não vai tomar o pré-sal amanhã. Na verdade, eles querem diminuir a dependência do petróleo árabe, pois o Oriente Médio está se revelando cada vez mais instável. Especialistas estão quase certos que o próximo conflito de grande escala será lá. E o pré-sal brasileiro se revela um precioso achado. Tanto que o Eximbank norte-americano concederá US$ 1 bilhão para financiar projetos ligados ao pré-sal, além de acordos assinados na área de P&D. Além de um programa conjunto de desenvolvimento de biocombistível para aviação.

Esses discursos e visitas do Obama não é nada mais que o uso do seu magnetismo pessoal para conseguir apoio popular do brasileiro para uma agenda conjunta com o governo do Brasil (algo muito mais fácil de se conseguir se o governo brasileiro não tiver que lutar contra a oposição popular), com vistas a tentar frear a "invasão" chinesa. Conta a seu favor o fato de estarmos também sofrendo coma concorrência chinesa, o que pode facilitar um alinhamento.

A ascensão da China como terceira economia mundial nos deixa em posição muito melhor para negociarmos, pois somos 187 milhões de habitantes em um gigantesco território com reservas minerais gigantescas ainda não exploradas.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Por que saíste de cena tão cedo?


O que ele diria sobre a visita do Obama nesse domingo? Provavelmente algo engraçado.

Que saudadis! Mussum forévis!

domingo, 6 de março de 2011

Schopenhauer. Atualíssimo. (II)

"Usar muitas palavras para comunicar poucos pensamentos é sempre o sinal inconfundível da mediocridade"

Nota do blog: de repente, não mais que de repente, lembrei-me de alguns colunistas tupiniquins.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Schopenhauer. Atualíssimo.

"A condição deplorável da literatura atual, dentro e fora da Alemanha, tem suas raízes no fato de os livros serem escritos para se ganhar dinheiro."

Detalhe: Schopenhauer escreveu isso em 1851.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Homem não chora?

Homem não chora nem por dor nem por amor
e antes que eu me esqueça
Nunca me passou pela cabeça lhe pedir perdão
E só porque eu estou aqui ajoelhado no chão

Meu rosto vermelho, molhado,
é só dos olhos pra fora
Todo mundo sabe que homem não chora

Esse meu rosto vermelho, molhado,
é só dos olhos pra fora
Todo mundo sabe que homem não chora. Não chora, não.

Homem não chora nem por ter nem por perder
Lágrimas são água
Caem do meu queixo e secam sem tocar o chão
só porque você me viu cair em contradição dormindo em sua mão, não vai fazer
a chuva passar, o mundo ficar no mesmo lugar

Nota do blog: O filho duma égua que escreveu essa canção com certeza nunca depilou a barba com cera morna...

domingo, 30 de janeiro de 2011

Traffic, tendências do Futebol e o Botafogo

Tenho lido relatos alarmados de torcedores que vêem coma preensão o crescimento da TraffiC e nas consequências que isso trará para o futebol brasileiro, sendo a primeira delas e a mais provável a concentração de recursos em 5 ou no máximo 6 clubes, com o restante fazendo apenas figuração - conforme acontece com o futebol europeu.

Isso é uma realidade e é uma tendência - os clubes de maior torcida e maior apelo de mídia se distanciarem cada vez mais dos de menor orçamento. No aspecto micro, isso já acontece nos estaduais. Quem disse que isso não tenderá a acontecer a nível nacional?

E onde o Botafogo se encaixa nesse cenário?

Simples: temos uma das arrecadações mais baixas dos clubes de prmeira divisão. Como afirmaram aqui anteriormente, se não fosse o Engenhão estaríamos certamente mofando na segunda divisão. Temos, segundo pesquisas, 1/10 da torcida rubro-negra, embora tenhamos conservado a capilaridade - 65% de nossa torcida está fora do Rio. Temos um quadro social ínfimo. Temos um dos orçamentos mais baixos para o futebol, no que diz respeito a clubes de primeira divisão.

Mas ainda assim, se soubermos aproveitar todas as potencialidades do Engenhão e do sócio-torcedor, podemos ganhar em torno de R$ 150 milhões/ano. Isso já incluso pubilicidade do estádio e patrocínios de uniforme, deixo claro. Porém, é uma quantia insuficiente para competir com um clube como o flamengo, que tem potencial para ganhar R$ 250 milhões/ano.

Porém, um detalhe: o flamengo pode obter R$ 250 milhões/ano apenas do futebol. Não há outras fontes de receitas. Em suma: não há possibilidade de diversificação.

Nós temos essa possibilidade de diversificação, pois temos os ativos mais bem-localizados do Rio de Janeiro.

- Temos uma sede localizada a meio-caminho entre o centro financeiro e a rede hoteleira, com um imenso terreno ainda disponível.

- Temos uma sede de esportes aquáticos com imenso potencial para se transformar em uma marina (ok, tem a questão do tombamento do espelho d'água, mas ele pode ser "destombado") e complementar a Marina da Glória, que está saturada.

- Tem ainda a questão do Shopping (apesar de ninguém saber o teor desse contrato) e do Engenhão - que tem potencial para shopping, pois o mercado imobiliário ao redor está em franca expansão, e os shoppings mais próximos já estão com problemas de saturação.

Vamos por partes:

SEDE - um terreno enorme representado pelo campo de Gal. Severiano e o CT João Saldanha. Um terreno com um imenso potencial imobiliário para a construção de um centro de convenções e uma torre comercial, em uma área que é carente disso e possui a vantagem, como eu disse, de estar a meio-caminho entre o centro financeiro e a rede hoteleira. Me perdoem os puristas, mas é a sobrevivência do Botafogo como instituição que está em jogo. Troco com um sorriso de orelha a orelha o CT João Saldanha por um centro de convenções e uma torre comercial se isso significar R$ 40 milhões de lucro líquido para o Botafogo todo ano.

MOURISCO-MAR - conforme o Renato tinha dito aqui anteriormente, era um dos sonhos do César Maia: uma marina que poderia ajudar a desafogar a Marina da Glória de quebra gerando 1 milhão de reais mensais de lucro para o Botafogo, ou 12 milhões de reais anuais. Porém isso esbarra na questão do tombamento do espelho d'água, mas como eu mesmo já falei, é uma questão de interpretaçao de legislação e de vontade política. Lembrem-se que o que é tombado, pode ser "destombado", e acredito que seria mais fácil, pois não é como demolir uma edificação histórica.

ENGENHÃO - Dispensa explicações. Um imenso potencial de consumo, dado o surgimento de diversos empreendimentos imobiliários tão rápidos quanto cogumelos em tronco depois da chuva. Isso significa consumidores em potencial - principalmente das classes B e C. Ainda há problemas de escoamento de tráfico a serem resolvidos, mas as possibilidades de lucro também compensam. Imenso potencial para um shopiing-center, criando uma terceira opção para aqueles que pretendem escapar do Norte Shopping e do Nova América, já saturados. Bem-servido de linhas municipais e inter-municipais de ônibus, além da Supervia. Lembrem-se que ainda há uma área anexa gigantesca pertencente à União.

Não é simples. Não é fácil. Faz-se necessário a presença de empreendedores ferozes e negociantes hábeis com bom trânsito na política do Rio. Teremos que bater de frente também com tradicionalistas que vêem o campo de Gal. Severiano como o repositório da História do Botafogo - até certo ponto, com razão. Muitos protestarão contra aquela que acredito chamarem "a segunda venda da sede", e creio ser aí que se originará a maior oposição, pois envolve quem tem poder de decisão - sócios e conselheiros.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ainda sobre a carapuça

Tem-se falado muito nos últimos dias sobre a atuação da tão propalada "flapress" - que é como chamam os principais veículos de mídia esportiva do Rio de Janeiro. De análises coerentes até teorias conspiratórias das mais estapafúrdias. Mas todas sempre com a mesma crítica - o constante favorecimento ao clube de regatas flamengo, o time com a maior quantidade de adeptos.

Bom, tenho uma opinião diferente da da maioria do pessoal.

O que a galera chama de "flapress", eu chamo de "lógica de mercado". A linha editorial de qualquer diário esportivo é baseada no retorno de publicidade e visibilidade que cada time dá. Baseado nisso, sempre haverá mais espaço para o time de maior torcida - o que dá maior retorno - e o tal time quase sempre conviverá com notas favoráveis (Em São Paulo acontece a mesma coisa com o corinthians). Fosse o Botafogo o time de maior torcida, seria a mesma coisa. Até aqui creio não estar falando nenhuma novidade.

A menos, óbvio, que um bruno ou um adriano faça cagadas monumentais. Aí não tem como segurar - mas mesmo nesse caso, o veículo de comunicação fará de tudo para dissociar a agremiação futebolística do personagem. Tanto que ao noticiarem algo sobre o bruno, eles falam "o ex-goleiro bruno" e não "o ex-goleiro do flamengo, bruno".

Mas o "imbróglio" Loco x Joel chamou a atenção pela forma descarada como tentaram pintar um cenário de catástrofe em uma ocorrência normal. Afinal, discordâncias e contestações existem em todo lugar. Até que o GE.com pegou "leve". Já o Lance! teve atuação digna de The Sun e The Mirror.

Tendo passado a maré Ronaldinho, os diários esportivos cariocas estão em busca de notícias bombásticas, e eis que surge um ruído entre técnico e jogador de um time que adoram pegar para Geni.

Diga-se de passagem, foi o time que é o atual campeão estadual - sem a necessidade de final, imaginem o preju - em cima do time que dá maior retorno financeiro e que tinha tudo para levar todos os títulos de 2010.

Lembrem-se que um dos personagens do imbróglio foi o autor de um gol que sublimou todas as humilhações sofridas nos três anos anteriores, de quebra humilhando o arrogante ex-arqueiro rubro-negro e atual hóspede da penitenciária de Contagem.

Lembrem-se do fato da "geração zico" atualmente estar dominando as redações esportivas - embora isso não tenha se traduzido em melhora da qualidade.

Agora juntem tudo isso. O resultado é isso aí que vimos.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A carapuça serviu...


A charge acima foi publicada no Blog do Torcedor do Botafogo no Globoesporte.com, e foi retirada do ar por solicitação da administração do site, que pediu para "não cutucar a concorrência dessa forma".

O GE.com foi idiota. Acusou o golpe e vestiu a carapuça. E o pior é que se teve algum veículo de mídia que foi flapress nesse imbróglio Loco X Joel, foi aquele tablóide esportivo sensacionalista chamado "Lance!"

Clausewitz, Napoleão, exército de massas e o Botafogo

Estou começando a ler um livro interessantíssimo (para quem é entusiasta do assunto) chamado "Da Guerra", escrito por Carl von Clausewitz, general prussiano que lutou contra as forças de Napoleone Buonaparte.

Clausewitz conseguiu colocar em um livro o que Napoleão fez no campo de batalha. Napoleão revoucionou a organização militar ao mudar a arte da guerra. No séc XVII, os exércitos eram compostos por profissionais com anos de experiência cuja única virtude solicitada era a obediência - daí a grande quantidade de mercenários em suas fileiras. Diga-se de passagem, eram forças altamente profissionais, mas de tamanho limitado, assim como suas guerras.

Napoleão mudou isso ao compor seu exército de "patroitas" - pessoas que acreditavam que lutavam, matavam e morriam por algo superior. Entrou um elemento novo na guerra: o moral.

Napoleão, de maneira brilhante, soube compreender o significado do moral, com o qual inflamava o entusiasmo dos homens através de discursos inflamados e manifestações de solicitude. O resultado disso é que ele redesenhou a Europa a seu belprazer.

Clausewitz conseguiu converter as táticas e estratégias de Napoleão em pensamento e palavras. Compreendeu que o sucesso de napoleão se devia à substituição do pequeno exército profissional pelo exército de massas. O conceito de guerra passara a ser nacional. Surgiria a "nação em armas". A democratização da guerra.

Clausewitz dizia, com efeito: "Dêem a guerra ao povo! O Estado é do Povo!"

Mas isso não surgiu da noite para o dia. A oposição política veio daqueles que receavam mais os cidadão armados do que as invasões estrangeiras. Afinal de contas, um camponês com uma arma pode começar a pensar qual é afinal o seu lugar na sociedade.

E onde o Botafogo entra nisso?

Simples: o Botafogo tem grande semelhança com as monarquias pré-napoleônicas:

- uma pequena classe dirigente (Maurício Assumpção, vices-presidentes e diretores);
- uma nobreza que teme - infundadamente - perder seus privilégios (os sócios-proprietários);
- um pequeno exército profissional (os jogadores);

E milhões de patriotas aguardando um Napoleão compreender que isso tudo mudará - e para a melhor - quando colocarmos os "patrotas" em marcha - ou seja, pessoas tem uma razão para lutar e acreditam nessa razão - ou seja: nós, os torcedores.

As vitórias espetaculares da França e o início da formação, sessenta anos depois, daquela que seria a mais formidável máquina militar do começo do século XX - o Império Alemão veio com a democratização da guerra. Veio quando o povo foi chamado para comprar a briga. (Óbvio. daí originaram-se também as maiores tragédias do séc. XX. Mas isso é assunto para outra hora.)

E é isso que falta para o Botafogo voltar a ser temido, como há 40 anos atrás - a democratização do seu futebol. A criação de um exército consciente de seu papel e da causa pela qual luta.

Entendem por que temos que lutar pelo Sócio-torcedor com direito a voto?

Voltarei mais tarde ao assunto, enquanto leio o livro - que não é pequeno, pois tem 930 páginas, e ainda estou na introdução. Mas prometo terminar antes de morrer.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Gira mundo

Já repararam que há vinte anos atás o tema que dominava os noticiários do começo do ano era a seca?

Pois bem... Agora é a chuva o principal assunto.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Degenerados

Tudo começou com uma montadora alemã residente na cidade alemã de Stuttgart e famosa por produzir esportivos de alto nível há mais de 50 anos que resolve dar uma variada no cardápio e entra de sola pondo no mercado um SUV. Para o iguinorântio que não sabe, SUV é a sigla para Sport-Utilitary Vehicle - veículo utilitário esportivo em tupiniquim. Aqueles carros grandões que só servem para aumentar o preço da gasolina e causar aporrinhação na hora de estacionar. O resultado disso foi o Cayenne, um sucesso de vendas, diga-se de passagem. O que só comprova o nível de degeneração a que chegou a raça humana.

Porsche Cayenne. Crédito: Globo.com

Mas não satisfeita, a montadora resolve cometer uma segunda heresia e lançar no mercado uma versão quatro portas superesportiva. Nasce assim a aberração chamada Panamera.

Porsche Panamera. Crédito: Globo.com

Achava que a loucura tinha parado por aí. Mas miséria gosta de companhia. E não é que uma montadora italiana lá na pequena cidade de Modena resolve lançar um 4X4 com capacidade para carregar quatro pessoas?

Ferrari FF. Crédito: Globo.com

Heresia! Anátema seja!

Bom, para mim tanto faz como tanto fez. Não tenho dinheiro para comprar nenhum deles...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Mea Culpa

Podem me xingar. Fui assistir a peça "mais respeito que sou tua mãe". Minha mulher quis assistir, era aniversário dela e não adianta discutir com madame.

A peça em si é até bem divertida. Um "A Grande Família" fortemente temperado com palavrões. Uma mulher casada, mãe de três filhos, cuja família viveu dias melhores, mas encontra-se na pindaíba graças ao marido desempregado, sobrevivendo da aposentadoria do sogro maconheiro e do salário de um dos filhos (o mais queridinho) - os outros dois não qurem nada com a voz do Brasil.

Daí o que se vê são situações do dia-a-dia, onde são abordadas de maneira divertida questões como o homossexualismo, a internet, a sexualidade na adolescência, a gatonet, a plantação doméstica de maconha e... ah, vão ver a peça pois não tenho saco para ficar descrevendo. Mas quem for estudante, leve a carteira, caso contrário, vai pagar 70 reais(!)

Bom, diga-se de passagem, casa cheia. Aí me pergunto: um sucesso de público precisava obter verba da lei de incentivo à cultura?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

1995, 2011 e a postura da diretoria do Botafogo

Após o anúncio da contratação de R. Gaúcho pelo flamengo, e passada toda a euforia inicial (boa e má), tenho lido muitas declarações iradas de leitores de vários fóruns alvinegros criticando a incapacidade da diretoria de conduzir um projeto de magnitude semelhante. Algumas críticas tem se mostrado de grande coerência. Outras, de grande irracionalidade. Mas todas tendo como característica comum a contundência.

Não terei como fazer coro com vocês, pois acho que a diretoria alvinegra, apesar de todas as críticas que tenho à respeito da inocência de André Silva, de algumas contratações suspeitas, do histórico de Anderson Barros, da manutenção injustificável de peças hostilizadas há tempos pela torcida e que já demosntraram não terem condições de envergar o manto, tem agido corretamente nesse ponto.

Não temos condições financeiras e apelo de torcida para colocar um jogador desse quilate em Gal. Severiano. Seria o tipo de contratação suicida, tendo em vista a situação de penúria financeira que estamos vivendo. Mas alguém me questionará: o flamengo também está na pindaíba. E por que contratou?

Respondo: porque não tem dinheiro, mas tem apelo de mídia. E não desembolsou um centavo nessa contratação. Embora também certamente levará muito pouco, pois terá direito a um teto de ganhos nos contratos de patrocínio que fechar. O restante irá para a Traffic e para o Assis. A Patrícia Amorim espera poder pagar os salários dos jogadores e comissão técnica com os ganhos indiretos da venda de produtos licenciados, com a cota que lhe caberá dos patrocínios e com as rendas de bilheteria (essas últimas, apesar das penhoras). Esqueçam as cotas de TV, que estão todas adiantadas.

Não vejo com bons olhos essa contratação. O pessoal com mais de 30 deve lembrar perfeitamente do ano de 1995, que teve tembém uma contratação bombástica no flamengo: Romário.

E considero ainda mais bombástica que a do dentuço, pois Romário tinha sido campeão da Copa do Mundo meses antes, e seu futebol ainda estava no auge. Se vocês observarem, há muitas semelhanças entre os acontecimentos de hoje e os acontecimentos de dezesseis anos atrás. A começar pelo técnico, passando por toda a festa feita, intensificada pelo fato de 1995 ser o ano do centenário do flamengo, e chegando no fato de terem sido contratados para fazerem companhia ao Romário os atacantes Sávio e Edmundo. Misturaram a TNT com a Nitroglicerina e jogaram dentro de um barril cheio de Nitrocelulose.

O resultado não poderia ter sido diferente. Merda. E das grandes.

Embora eu acredite que isso tem uma chance menor de acontecer hoje. Menos pelo temperamento de Luxemburgo e mais pelo temperamento de Ronaldinho, que me parece ser uma pessoa dócil, de fácil trato. Uma criança grande. Bem diferente de Romário e Edmundo.

Outro erro por mim considerado é o fato de ter sido assinado um contrato de 4 anos. Provavelmente ditado pelo Assis, que espera ver seu cliente jogando a copa de 2014. Pessoalmente, acho difícil Ronaldinho, aos 34 anos em 2014, ter a mesma performance que teve entre 2002 e 2005. Embora, fiquem certos disso, será feita uma pressão violenta por parte da imprensa carioca para que Ronaldinho seja convocado. Mas nao era sobre isso que queria falar. Estão partindo - erroneamente - do pressuposto de que Ronaldinho manterá a mesma performance pelos próximos quatro anos. Tenho certeza que não. E vou mais longe: se mantiver a vida de boemia que com certeza manterá, sua performance decairá rapidamente. Até mesmo para o futebol de baixo nível aqui praticado. E a festa dará lugar a críticas e xingamentos da torcida. Aí começará a crise.

Mas o efeito nefasto de tudo isso é a pressão que os torcedores dos outros 3 grandes estão fazendo sobre as outras diretorias - em particular as do Botafogo e do Vasco - para que sejam feitas contratações do mesmo nível. Fato semelhante aconteceu em 1995. o Botafogo contratou o Bebeto em 1997, e saiu contratando indiscriminadamente. Para ficar em um só exemplo. O resultado vemos aí: mais de R$ 300 milhões em dívidas.

Apesar de todas as críticas que tenho ao depto. de futebol do Botafogo, nesse ponto, eles estão agindo corretamente.