"O Itamar tem um clube de football na rua Martins Ferreira. Vamos fundar outro no Largo dos Leões? Podemos falar aos Werneck, ao Arthur César, ao Vicente e ao Jacques"
De situações simples surgem coisas grandiosas.
Assim começou, em uma troca de bilhetes entre dois meninos em uma sala de aula, durante uma aula chata de álgebra, a ser escrita uma das mais belas páginas da história esportiva do mundo, e que nunca se desvaneceu, passados 104 anos.
Os dois moleques se chamavam Flávio Ramos e Emmanuel Sodré. Flávio da Silva Ramos, de tradicional família portuguesa, era filho de ninguém menos que o poeta português José Júlio da Silva Ramos, membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Emmanuel de Almeida Sodré, de tradicional família paraense, era irmão do futuro craque alvinegro e, posteriormente, almirante da Marinha de Guerra - Benjamin Sodré - levando as cores do Glorioso para mares distantes.
Numa tarde de sexta-feira, há 104 anos atrás, alguns meninos que apenas buscavam uma distração para os fins de semana reuniram-se em um velho casarão na esquina da rua Humaitá com o Largo dos Leões - onde fica atualmente a Cobal do Humaitá - para oficializar a fundação do clube.
Agora que não saio da Cobal mesmo... mas continuemos.
Tudo formalizado. Foi escolhida a cor dos uniformes - sugestão de Itamar Tavares, inspirado na Juventus de Turim e aprovado por unanimidade - listras verticais em preto e branco, bem condizente com o sentimento que despertamos: amor ou ódio.
Mas faltava um detalhe: Qual seria o nome do clube? Inusitadamente, como muita coisa nesses riquíssimos 104 anos de histórias, foi encontrado um talão de um antigo clube de pedestrianismo. E, com a típica preguiça de pensar dos adolescentes, foi o clube batizado de Electro Club.
O Electro club só duraria até o dia 18 de Setembro. Mas fiquem calmos, pois não faliu e nem rachou...
Em uma das reuniões, dessa vez feita na casa da avó de Flávio Ramos, Dona Chiquitota, a simpática senhora perguntou para o neto qual seria o nome do clube:
- Electro Club, vó!
- Meu Deus! Que falta de imaginação! Ora, morando onde vocês moram, o clube só pode se chamar Botafogo!
Graças a Deus, Flávio Ramos não era desses aborrescentes rebeldes de hoje. Imaginem... "Fúria Eléctrica", "Eléctrichopp", "Torcida Jovem do Electro"...
Graças a Deus pela sabedoria de Dona Chiquitota. Deve estar nesse momento olhando de lá do Céu para General Severiano, toda pimpona, vendo o nome que ela sugeriu ressoar por esse pequeno mundo, resvalando para o universo e chegando até a mundos distantes.
De situações simples surgem coisas grandiosas.
Assim começou, em uma troca de bilhetes entre dois meninos em uma sala de aula, durante uma aula chata de álgebra, a ser escrita uma das mais belas páginas da história esportiva do mundo, e que nunca se desvaneceu, passados 104 anos.
Os dois moleques se chamavam Flávio Ramos e Emmanuel Sodré. Flávio da Silva Ramos, de tradicional família portuguesa, era filho de ninguém menos que o poeta português José Júlio da Silva Ramos, membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Emmanuel de Almeida Sodré, de tradicional família paraense, era irmão do futuro craque alvinegro e, posteriormente, almirante da Marinha de Guerra - Benjamin Sodré - levando as cores do Glorioso para mares distantes.
Numa tarde de sexta-feira, há 104 anos atrás, alguns meninos que apenas buscavam uma distração para os fins de semana reuniram-se em um velho casarão na esquina da rua Humaitá com o Largo dos Leões - onde fica atualmente a Cobal do Humaitá - para oficializar a fundação do clube.
Agora que não saio da Cobal mesmo... mas continuemos.
Tudo formalizado. Foi escolhida a cor dos uniformes - sugestão de Itamar Tavares, inspirado na Juventus de Turim e aprovado por unanimidade - listras verticais em preto e branco, bem condizente com o sentimento que despertamos: amor ou ódio.
Mas faltava um detalhe: Qual seria o nome do clube? Inusitadamente, como muita coisa nesses riquíssimos 104 anos de histórias, foi encontrado um talão de um antigo clube de pedestrianismo. E, com a típica preguiça de pensar dos adolescentes, foi o clube batizado de Electro Club.
O Electro club só duraria até o dia 18 de Setembro. Mas fiquem calmos, pois não faliu e nem rachou...
Em uma das reuniões, dessa vez feita na casa da avó de Flávio Ramos, Dona Chiquitota, a simpática senhora perguntou para o neto qual seria o nome do clube:
- Electro Club, vó!
- Meu Deus! Que falta de imaginação! Ora, morando onde vocês moram, o clube só pode se chamar Botafogo!
Graças a Deus, Flávio Ramos não era desses aborrescentes rebeldes de hoje. Imaginem... "Fúria Eléctrica", "Eléctrichopp", "Torcida Jovem do Electro"...
Graças a Deus pela sabedoria de Dona Chiquitota. Deve estar nesse momento olhando de lá do Céu para General Severiano, toda pimpona, vendo o nome que ela sugeriu ressoar por esse pequeno mundo, resvalando para o universo e chegando até a mundos distantes.
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