terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bandeirinha maldita

Estava combinando com minha mulher de sairmos em uma sexta à noite para um programa há muito esquecido por mim - ir a um teatro assistir a uma peça nacional. A última vez que fui a um teatro foi há mais ou menos quatro anos para ver o Marcus Melheim e o Leandro Hassun na comédia "É nós na fita". Humor engraçadinho, daqueles que você acha graça e ri na primeira vez, mas algum tempo depois pensa "como joguei quarenta reais fora com essa merda?". Se bem que já fiz coisa pior - joguei sessenta reais fora em um show do Jô Soares...

Mas volto ao programa. Comecei a procurar alguma peça interessante e duas em particular me chamaram a atenção: "Mais Respeito que Sou Tua Mãe", com a excelente Cláudia Jimenez (que estava sensacional como a implacável Editora-Chefe Alberta Peçanha de "A Vida Alheia"), e "Doidas e Santas", com Cissa Guimarães, que também tem sido muito comentada. Olhei no site do Teatro do Leblon, onde estão em cartaz, e notei que os cartazes não mostravam tudo, estavam com a a parte inferior cortada. Fiquei meio cabrero com aquilo e resolvi investigar. Uma busca rápida no Google Imagens e lá estava ela, bem escondidinha:


Para quem não sabe, a Lei de Incentivo à Cultura, ou Lei Rouanet, é a tal da renúncia fiscal: parcela da tributação que a Receita perdoa aos grandes contribuintes desde que sejam aplicadas na tal "cultura" (uma "palavra-ônibus", que abarca um monte de coisa, de livro que ninguém lê a Cirque do Soleil). Só que quando um grande contribuinte deixa de pagar ao governo, o governo busca de outra fonte. Geralmente, aquela que está mais à mão.

Ou seja: o meu, o seu, os nossos bolsos, através de CPMF, CIDE, ICMS, PQP, FDP, VTNC, VSF...

Aí vem a pergunta: se já estou pagando pela peça, por que tenho que pagar mais R$ 80,00 pelo ingresso?

Aí vem outra pergunta: se é bom teatro, pressupõe-se que gere público suficiente para se sustentar em cartaz. Se precisa de verba governamental, é porque não se sustenta. Se não se sustenta, é porque a peça não deve ser tão boa.

Olha, tô decepcionado...

domingo, 3 de outubro de 2010

Meus candidatos

Presidente: 00

Governador: 00

Senador: 000 e 000

Deputado federal: 0000

Deputado estadual: 00000

sábado, 25 de setembro de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Conversas de casal

8 da manhã, um puta engarrafamento na Epitácio Pessoa. Sua parceira se vira para você e diz:

- Ai amor, estou para menstruar, estou com cólicas e cheia de gases!

(vidros elétricos sendo baixados - ou acharam que seria na manivela?)

- Amor, por que está baixando os vidros do carro?
- Não é esse tipo de contato que eu quero ter com seu "eu interior"!

Wild Wilde (III)

"As mulheres foram feitas para serem amadas, não para serem compreendidas."

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Wild Wilde (II)

"O jornalismo moderno tem uma coisa a seu favor. Ao nos oferecer a opinião dos deseducados, ele mantém-nos em dia com a ignorância da comunidade."

Nota do blog: atualíssima.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Só homem é palhaço? (III)

Quantas vezes você foi obrigado a ficar assistindo uma porcaria de uma novela só porque sua esposa/noiva/namorada gosta? Eu, uma porrada. E o pior é que aquilo vai entrado em você (êêêêêêêêpaaaaa!) por osmose e você tem que tomar o maior cuidade para não se pegar discutindo sobre o capítulo do dia anterior com suas colegas de trabalho.

Mas não era sobre novela que eu queria falar, e sim sobre o que somos obrigados a nos submeter algumas vezes, tudo para não desagradar a parceira. Como uma ex-namorada que em um sábado à noite teve a idéia "jenial" de ir a a um show... do Jota Quest! Sim, fui obrigado a ir a um show de uma bosta de banda pop-rock para fazer uma mulher feliz.

O problema era que eu não estava feliz.

Ok, me coloquei no lugar dela quando a levava para ver um jogo do Botafogo (se irritava duas vezes - com o jogo e comigo, que xingava todo o meu repertório de palavrões, e quando acabava criava novos) e tentei ser compreensivo. Até ouvir isso:

Hoje
preciso de você
Com qualquer humor,
com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje

Se na voz do vocalista da banda já era um porre, imagine ouvir isso de uma voz irritantemente fanhosa no pé do seu ouvido, querendo fazer declaração de amor. Isso e outras porcarias do mesmo naipe, durante três torturantes horas. Desnecessário dizer que o namoro não foi para a frente.

Amor das mulheres, a quantas me obrigas!